terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Overdose de Nova Iorque


Foi através de filmes  que Nova Iorque entrou no meu imaginário. Nunca ousei sonhar para ir visitar, mas quando pensava em Nova Iorque, lembrava da famosa Times Square com seus famosos painéis luminosos.
Desembarquei junto com meu marido, no fim da tarde de domingo,  na magnética cidade, depois de 15 horas de voo.  Fomos  recepcionados com a cidade pulsando, com toneladas de gente, estratosféricos painéis e várias línguas. Sim, ficamos hospedados bem próximo à Time Square. Logo ouvi sirenes, senti a intensidade da movimentação, procurei o sol, a lua e quase o céu ( rs. ). Ouvi italiano, indiano, japonês, espanhol e outras que não sabia de onde vinham, vi prédios disputando com o céu de tão altos e  pizza pra todo lado!! Genteeeeee!!



Nova Iorque é riquíssima em diversidade, um caldeirão de culturas, comidas de todo o tipo, museus bacanérrimos para passar o dia (ainda volto no Metropolitan) . Temos oportunidade de  conhecer pessoas do mundo todo !  Muitos trabalhadores  de outros países atrás de uma vida melhor por lá e vi homens fazendo booking de noiva. Percebi que em muitas calçadas das ruas movimentadas, pessoas trabalhavam  em seus notebooks como nada tivesse acontecendo. Isso se repetia em vários cafés também. Dizem que os apartamentos são tão pequenos que os únicos espaços que sobram são esses lugares alternativos.

Andei demasiadamente, não lembro de ter andado tanto na vida quanto lá, visitando e aproveitando tudo que essa cidade  podia me oferecer. Grand Central Station, foi um dos lugares que me marcou, é uma estação de trem que apresenta uma exuberante arquitetura e oferece um leque  democrático de gostosuras, comida mexicana, japonesa, tailandesa e a  brasileira ( a melhor)!! Rs.  Lembro-me também de ter me deliciado com um  maravilhoso macorrini, o melhor que já comi na vida, ainda salivo ao lembrar dele.

Além dos vários restaurantes que essa cidade oferece, as ruas de Nova Iorque são lotadas de carrinhos de rua que vendem comida, lá é possível ter um carrinho de sorvete, um de fruta, um de sanduíche e de hot dog, ah meu kikão, um do lado do outro.  Cheguei até aderir o jeito nova iorquino de ser,  sair andando apressadamente pelas ruas com um café nas mãos e almoçando uma fatia de pizza que você encontra por até dois dólares, mas sabe aqueles cantinhos sujinhos que você não vai na sua própria cidade  ? Pois é, foi lá que compramos a pizza e estava uma delícia!

Sentia-me segura em cada rua e metrô que entrava. Lembro-me dessa segurança  ao andar meia noite no centro de Santiago do Chile. Mas nada comparado ao  Museu de 11 de Setembro e a  uma rua que se preparava para receber um evento, era quase um policial para cada pessoa. E nada de sorrisos, tá?! Para que? Caras fechadas e amarradas era o que se devia mostrar. Ah, mas sou brasileira :)

Pela segunda vez, estivemos  na gigante  Central Park,  ela só ocupa 51 quarteirões de Manhattan, estava mais calma e serena com um italian rool ( o sanduíche que mais comemos ) nas mãos,  percebi como aquele mega parque  serve de  válvula de escape do vuco-vuco da cidade.  Tem lagoas, bicicletas, cafés,  passeio de barcos, espaços para piqueniques ,  esquilos que sobressaltam a sua vista e quilômetros de ruas pra você perder calorias de tanta pizza , hambúrguer e outras besteiras bem aproveitadas.  E algo super interessante, os nova iorquinos se deitam usando biquíni ou roupas nas gramas desse parque  como tivessem indo à praia, tentando captar o sol e relaxar.

 Já fazia uma semana que estávamos em terra nova iorquina e prometi que não faria nada naquela manhã, pois já estava exausta. Porém, lá estava eu nas ruas de Brooklyn, quando me deparei com um som que vinha de uma pequena igreja. Entrei rapidamente junto com meu marido para saber o que era.    Sentamos, respirei e percebi que era uma igreja protestante de negros. No meio da música,  quase ensurdecedora, alegre e cheia de dançantes, aproveitei para registrar o momento, quando por trás fui questionada por uma senhora de quase 70 anos, com cabelos bem trabalhados, perguntando sobre o conteúdo do registro. Ignorei. Mas ela persistiu. Respondi e mostrei. O rosto que ela fez era que não era nada demais. Mas percebi que era melhor ir embora e deixá-los à vontade em seu culto. Seguimos andando pelas ruas de Brooklyn, encantados com as casas sem muros, com cercas baixas . Deparamos com a casa do personagem Chris, a qual foi  foi usada nas gravações do seriado TODO MUNDO ODEIA O ChRIS. Tiramos fotos e seguimos nosso roteiro.

No fim da tarde desse domingo, seguimos para a   famosa HighLine Park, uma espécie de passarela com um jardim suspenso,  super charmosa e iluminada, que deu para avistar de longe, sob um lindo por do sol,  o porto que recebeu os sobreviventes do famoso navio Titanic.  Emendamos para conhecer o charmoso Chelsea Market. Um mercado lindo que oferece boas comidas,  vinhos, sorvete italiano, massa caseira e compras.
Em uma das noites, apostamos  assistir , debaixo de muito cansaço,  a um show da Broadway muito bem trabalhado, mas concluí que  meu inglês precisa melhorar consideravelmente.

Durante nossa estadia , Nova Iorque ainda me ofereceu visita à Estátua da Liberdade, enfrentamos fila para subir o Top of the Rock e o Empire State Building. Relaxei na encantadora Brian Park, como adorei aquele parque! Conseguimos dar um pulo em outras cidades , conhecemos a famosa  Casa Branca, que fica em  Washington, Filadélfia e  a adorável cidade de  Boston.

A cidade mais cosmopolita do mundo ( dizem )  me deixou cansada e exausta com tantas descobertas. Mas foi um cansaço produzido pela curiosidade e por um ´´ novo mundo ´´ que nasceu dentro de mim.