domingo, 19 de junho de 2016

O mundo fora das machetes



Um dia esses, eu estava rolando o feed de notícias do facebook  e em poucos minutos, fui bombardeada com assuntos de assaltos, corrupção, estupro, inflação, estupro, concursos suspensos, desemprego, corrupção, estupro, assalto e brigas e discussões em outras páginas. 

Claro que depois de ler tudo aquilo um negativismo me rodeou.  E fiquei pensativa em como os jornais são cruéis. A rapidez das informações que chegam a nós colabora pra isso também. 

Cresci ouvindo que ler jornal me fazia bem, pois estaria inteirada do mundo, aumentaria meu vocabulário, reforçaria minha capacidade leitora.  Acho que os objetivos foram atingidos, mas o de ficar pessimista em relação ao mundo não estava nos planos.

Temos a tendência de valorizar e internalizar o que deu errado e do que falta, assim são alguns noticiários.O ruim ganha audiência mais rapidamente. Lembremos do que acontece quando há  um acidente no trânsito. 

Fico pensando se nos telejornais não tivessem notícias ruins para informar, o que transmitiriam? O ruim acontece, mas o bem também acontece.  Que tal aumentar  notícias como : de um bebê que foi adotado, um grupo de pessoas que conseguiu resgatar alguém das drogas, um casamento que deu certo, uma igreja que trouxe mais espiritualidade a alguém, uma pessoa que foi curada de uma doença, projetos sociais que estão dando certo, crianças que aprenderam a ler, pessoas que superaram uma grande dificuldade financeira, um belo pôr do sol, a diversidade do reino animal e tantas outras. Acredito que alguns  desses conteúdos até constam na pauta de um jornal, mas comparando com as tenebrosas manchetes , ainda são poucas. A maldade ganha mais holofote da imprensa e de nós.  

Alguém pode até dizer que ler jornais é estar a par do mundo e não ler é ser alienado.  Tudo bem, mas o mundo não é só a desgraça que a mídia vende , tem a parte boa. Eu escolho ficar com a parte boa, fazendo minhas reflexões e mudanças necessárias para viver melhor em coletivo.