quarta-feira, 27 de julho de 2016

O que quero


Um ciclo está terminando e cá estou fazendo minhas reflexões. Estou saindo da casa dos vinte e entrando nos trinta. Já ansiei muita coisa nessa vida e já me perdi nela também. E fiquei pensando no que realmente quero dessa vida. E hoje resolvi  brincar um pouco com as palavras e expor alguns dos meus desejos nesse texto.

Quero um amor pra vida inteira
Pra chamar de meu
Quero terminar o dia
E lançar no braços teus

Quero um pôr do sol
Pra saudar e lhe dizer adeus
Quero o luar
Para iluminar os olhos meus

Quero poucos amigos
Pra remover os obstáculos mentais
Quero muitos risos
E que sejam incidentais

Quero o som dos pássaros
Na janela a cantar
Quero o som da chuva
Para me acalmar

Quero sentir
O sorriso de uma criança
Correndo pela casa
E me alcançando na varanda

Já quis muita coisa
Para ontem e para amanha
E hoje só quero mais fé
Aquela que remove montanhas

tumblr



domingo, 19 de junho de 2016

O mundo fora das machetes



Um dia esses, eu estava rolando o feed de notícias do facebook  e em poucos minutos, fui bombardeada com assuntos de assaltos, corrupção, estupro, inflação, estupro, concursos suspensos, desemprego, corrupção, estupro, assalto e brigas e discussões em outras páginas. 

Claro que depois de ler tudo aquilo um negativismo me rodeou.  E fiquei pensativa em como os jornais são cruéis. A rapidez das informações que chegam a nós colabora pra isso também. 

Cresci ouvindo que ler jornal me fazia bem, pois estaria inteirada do mundo, aumentaria meu vocabulário, reforçaria minha capacidade leitora.  Acho que os objetivos foram atingidos, mas o de ficar pessimista em relação ao mundo não estava nos planos.

Temos a tendência de valorizar e internalizar o que deu errado e do que falta, assim são alguns noticiários.O ruim ganha audiência mais rapidamente. Lembremos do que acontece quando há  um acidente no trânsito. 

Fico pensando se nos telejornais não tivessem notícias ruins para informar, o que transmitiriam? O ruim acontece, mas o bem também acontece.  Que tal aumentar  notícias como : de um bebê que foi adotado, um grupo de pessoas que conseguiu resgatar alguém das drogas, um casamento que deu certo, uma igreja que trouxe mais espiritualidade a alguém, uma pessoa que foi curada de uma doença, projetos sociais que estão dando certo, crianças que aprenderam a ler, pessoas que superaram uma grande dificuldade financeira, um belo pôr do sol, a diversidade do reino animal e tantas outras. Acredito que alguns  desses conteúdos até constam na pauta de um jornal, mas comparando com as tenebrosas manchetes , ainda são poucas. A maldade ganha mais holofote da imprensa e de nós.  

Alguém pode até dizer que ler jornais é estar a par do mundo e não ler é ser alienado.  Tudo bem, mas o mundo não é só a desgraça que a mídia vende , tem a parte boa. Eu escolho ficar com a parte boa, fazendo minhas reflexões e mudanças necessárias para viver melhor em coletivo.  


domingo, 31 de janeiro de 2016

Desacelerar

Há um ano, decidi desacelerar. Desaceleramento  não é algo muito cultuado nesse mundo tão competitivo hoje.Vivemos em um tempo que somos encorajados a ter tudo e saber mais. Cresci ouvindo que tempo é dinheiro, então fazer as coisas um pouco mais lentamente é perder dinheiro. 

Mas decidi ir um pouco na contramão. Percebi que temos pressa pra tudo! Pressa pra chegar no trabalho, pressa pra tomar banho, pressa pra fazer as refeições, pressa pra chegar em casa, pressa pra terminar, pressa para saber de tudo e até de amar as pessoas! Ufa! São tantas exigências que a vida moderna nos impõe, que nem percebemos coisas tão belas que a correria nos rouba. Corremos o risco da perder o real propósito nessa quase ''gincana'' diária e de até  descartarmos pessoas.

Imagem do site: www.tacodemulher.com.br

A partir da minha decisão , tive ganhos e perdas, mas sinceramente, houve mais ganhos para mim. Passei a ganhar menos, comprar menos e depender mais! E o que ganhei ? Acordar sem ser invadida por centenas de pensamentos de compromissos que eu teria naquele dia, tomar banho e aproveitar aquele momento, poder preparar o meu café  da manhã, sentir os gostos dos alimentos, poder ir visitar quase semanalmente meus primos, tios, e avós, fazer meus exercícios físicos, meditar nas coisas de Deus, apreciar o nascer ou o por do sol, apreciar o céu e uma coisa que meu marido agradece, cozinhar e preparar melhor as refeições. Tenho me desafiado a ser melhor na cozinha e aventurar-me por lá. Viver em função do que se vai fazer no dia seguinte nao é saudável. São tantas coisas boas que me sinto mais feliz hoje!

Estar na quinta marcha é ótimo, mas percebi que ela nos deixa no automático e nos rouba a consciência do que estamos realmente fazendo. Estar em primeira, fez-me apreciar coisas que na quinta marcha jamais  me deixariam. Valores mais importantes vieram  à tona. E tenho aprendido que existem muitas coisas para ser aprendidas, sentidas e vividas em um  ritmo menos intenso.